
A sua fundação pode ser de origem árabe ou até galo-celta. Como se lê em documento existente na Torre do Tombo, recebeu foral aos (21 dias de Outubro da era de 1370 anos), isto é, 1332. Este foral, concedido pelo Abade do Mosteiro de Alcobaça, D. João Martins, foi renovado em 1422 pelo então Abade D. Fernando Quental, e, em 1514, por D. Manuel I.
Foi sede de concelho, constituído pelo território da freguesia actual, acrescido de alguns lugares hoje pertencentes à freguesia de Famalicão. Com a reforma administrativa de meados do séc. XIX (sensivelmente), o concelho foi extinto e a freguesia anexada ao de São Martinho do Porto, entretanto também suprimido. Passou então para o de Alcobaça, depois para o de Caldas da Rainha (por pouco tempo) e de novo para o de Alcobaça - em que permanece desde inícios do séc.XX. Conhecida pelo seu famoso Pão-de-Ló de Alfeizerão (autêntico ex-libris da terra), que o jornal Ecos do Alcoa designa em 1932 por (pão-de-ló da tia Amália).
Realizam-se na Vila as festas do Sto. Amaro (de 14 a 17 de Janeiro) e da N.Sª. do Rosário (no primeiro fim-de-semana de Setembro).
Principais actividades económicas: fruticultura, agro-pecuária, lacticínios, betão, cerâmica e metalomecânica.
sábado, 12 de setembro de 2009
Eleições 2009
Lista esta constituída por os seguintes elementos:
- Adélia Maria Marques da Silva
- Adalberto Rio Maior Pereira
- José Bernardino Machado
- Mª Graciete R. Simões Machado
- António Manuel da Silva Jorge
- Manuel Jorge Capinha B. Martins
- Maria Teresa Miguel Simão Neto
- Daniel Alexandre Guilherme
- Nuno Manuel Paulino de Ascensão
- Paula C. Bernardino Marques
- Jorge A. Henriques Francisco
- António Luís Bernardino Paulino
- Vera Lúcia Machado Laurentino
- Joaquim A. A. Rio Maior Pereira
- Jorge Emílio Tempero
- Carina Godinho Martins
- José Caiado Cabaço
- Fernando M. Alexandre Miranda
- Mª Gabriel B. V. J. Duarte Sousa
- Ramiro A. dos Santos Rodrigues
- José Rodrigues Gaspar
- Mª Manuela Tempero P. Fonseca
- Jaime M. Marques de Almeida
- Ernesto Agostinho Rodrigues
Esta lista deixa-nos com água na boca, mas como já é tradição, as eleições serem ganhas por listas do PSD, (o que me deixa triste), pois a qualidade dos candidatos deixa um bocado a desejar, mas para os eleitores (com muita tristeza minha) a qualidade não interessa mas sim a cor do partido.
Mas eu como bom filho da terra desculpo os ignorantes e tento sempre que posso mudar a maneiras de pensar destas pessoas.
Ainda por mais a candidata do PSD, a nossa freguesia já tem acordo verbal para mais um tacho, tacho esse que se concretizar antes do final do mandato, lá vamos nós ser enganados outra vez e ficar com as promessas a meio.
Mas não me vou alongar muito.
Link para o blog do movimento
http://independentesterraviva.blogspot.com
Até breve
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Castelo de Alfeizerão






O Castelo de Alfeizerão localiza-se na povoação e freguesia de mesmo nome, Concelho de Alcobaça, Distrito de Leiria, em Portugal.
Em posição dominante sobre uma colina, originalmente dominando um porto de mar, dista hoje cerca de três quilômetros da enseada de São Martinho do Porto. A povoação alcançou fama gastronômica internacional em virtude de seu pão-de-ló.
História
Antecedentes
Embora carecendo de aprofundamento das pesquisas, a primitiva ocupação desta região litorânea remonta à pré-história. Durante muito tempo admitiu-se (e muitos assim o escreveram) que se teria localizado aqui a Eburobriga Galo-celta, que à época Romana se denominou Eburobritium. Esta hipótese foi descartada a partir de 1995, pela descoberta da Eburobritium romana junto a Óbidos.
Parece provável, porém, em virtude de alguns achados e vestígios arqueológicos, e, ainda, interpretando o geógrafo Ptolomeu, que junto a Alfeizerão se tenha localizado Araducta. Esta tese é defendida pelo Prof. Vasco Gil Mantas, da Universidade de Coimbra.
Com base no topónimo e nas referências ao castelo, é costume atribuir aos Muçulmanos a fundação de Alfeizerão no século VIII. Nos nossos dias, porém, o Prof. Moisés Espírito Santo, da Universidade Nova de Lisboa, fez recuar a data da fundação ao tempo dos Fenícios, sustentando que o topónimo tem origem nos dialectos Púnicos que, segundo afirma, os Lusitanos falavam.
O castelo medieval
No contexto da Reconquista cristã da península Ibérica, a região foi tomada em 1147 pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), que teria determinado a sua reedificação, visando a defesa do trecho do litoral atlântico entre o promontório da Nazaré e a península de Peniche.
O mais antigo documento, até hoje conhecido, em que o topónimo aparece é uma carta de doação datada de 1287: "Doaçam das cousas que entrarem pollo porto de selir a Rainha dona ysabel a fora certas cousas (...). Dante eno alfeysarã. IX dias de Juynho."
A povoação recebeu Carta de Foral em 1332, dada pela Abadia de Alcobaça e pelo abade D. João Martins. Esta carta foi confirmada em 1422, pelo abade Fernão do Quental (ou Fernando Quental), e novamente confirmada, em 1514, pelo rei D. Manuel (1495-1521).
Do terramoto de 1755 aos nossos dias
Progressivamente assoreado, ainda ao fim do século XVI estimava-se que este porto acolhia oitenta navios de alto bordo. O castelo, em cujo paço se albergavam os soberanos a caminho de Alcobaça, foi parcialmente destruído pelo terramoto de 1755, perdendo importância desde então.
O castelo e seus domínios permaneceram na posse da Abadia de Alcobaça até à extinção das Ordens Religiosas por D. Maria II (1826-1828; 1834-1853) em 1834, quando passaram para a posse da Fazenda Nacional. O terreno do castelo esteve, desde então, na posse de particulares de Rio Maior e das Caldas da Rainha. No século XX, desde a década de 1920 à de 1970, foi propriedade do Dr. Júlio Ferrari. Desde então, encontra-se na posse de uma família de Alfeizerão.
Em 1973 foi formulada uma proposta de limpeza e consolidação das ruínas, com a prospecção arqueológica do sítio, classificado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 9 de Dezembro de 1974. Os trabalhos, entretanto, não tiveram lugar desde então, e assim, ano após ano, o estado de conservação do sítio tem piorado - sendo pouco visível o que resta.
Características
O castelo apresentava planta retangular, em estilo românico. As suas muralhas, em cantaria de pedra, eram reforçadas, originalmente, por oito cubelos semi-circulares. Na praça de armas, descentrada a Leste, erguia-se a Torre de Menagem, de planta quadrada.
Chegaram até aos nossos dias a parte inferior de um pano de muralha, ligando os restos de dois cubelos. Sobre um deles está implantado, modernamente, um marco geodésico.
Pelourinho de Alfeizerão

O Pelourinho de Alfeizerão e um monumento de estilo manuelino, que data do século XVI.
Descrição
Sobre uma base circular de três degraus, ergue-se o fuste dividido em duas peças com estrias espiraladas fiadas de quadrifólios entre as caneluras. O remate que é constituido por um tronco-piramidal de base quadrada, ornamentada com flores-de-lis e duas torres numa das faces, e uma figura humana com manto noutra face, assenta sobre um capitel envolvido por folhas de acanto.